One of those days

  Fecho a luz, fecho os olhos e posso imaginar... A noite está incrivelmente quente. Um calor inexplicável aquece os corpos e as almas, mesmo já no avançado da hora. A lua cheia parece ser a maior de sempre e enche quase por completo um bonito céu polvilhado de estrelas. A vista da varanda nem podia ser outra: o mar, essa força da natureza! Lindo, imponente mas tranquilo nesta noite em que apenas reflecte a luz da lua e das estrelas. O cheiro a maresia é simplesmente fantástico e inebriante. Em conjunto com o magnifico vinho tinto que saboreamos, acaba por nos deixar os sentidos confundidos. A companhia é mais que perfeita! Então dançamos muito encostados e muito devagar ao som desta musica. Entramos numa espécie de transe, como se o tempo tivesse parado e como se nada mais no mundo existisse ou importasse, sem sermos nós ali, aquele nosso momento... Long live the romantic feelings in us :)  

Nunca gostei desta musica!  Hoje chego à conclusão que é porque nunca a entendi. Acho que nunca percebi o que era isto do "sexual healing", porque nunca vi o sexo como uma cura ou um remédio para o que quer que fosse..  Claro que isto era apenas a ideia que tinha preconcebida na minha cabeça de que sexo se faz apenas e só com amor. Nunca tinha de facto pensado sobre isto! E a verdade é que nem acredito mesmo nisso. Nem sempre o fiz apenas por amor ou qualquer outro sentimento rebuscado. Olhando para trás, tenho de admitir que por uma ou outra vez o que procurei foi apenas o maravilhoso veneno da dormência dos sentidos, sem a complicação das emoções. E agora que perco o tempo necessário a ouvir esta deliciosa música e a pensa nisto, posso apenas concluir que é um mecanismo de ultrapassar como outro qualquer. É obviamente discutível se é certa ou errada esta técnica terapêutica, mas a verdade é que usar o sexo para despertar uns sentidos e desligar outros, é uma coisa que mu