Á procura da perfeita repetição...


Há coisas fantásticas, momentos únicos e lembranças que não tem preço... Coisas que ficam toda a vida, coisas que por muito que nos esforcemos, sabemos que não conseguimos nunca mais repetir, e no entanto passamos o tempo todo a tentar... São aquelas coisas das quais falamos com carinho, com saudade, com felicidade no rosto e no olhar...
Não há nada como a primeira vez que vamos ao cinema, a primeira vez que saímos a noite, a primeira vez que apanhamos uma bebedeira.... a primeira vez que nos apaixonamos, que beijamos, que somos beijados... a primeira vez que fazemos amor, com todo aquele amor, paixão, deslumbramento! Com aquela ilusão de que aquele momento vai ser para sempre... Com a consciência que éramos capazes de morrer ali, porque sabemos que estamos a ser realmente felizes...

E é tão curioso como a nossa mente funciona... somos capazes de já nem saber o que jantámos ontem, mas há pormenores, cheiros, locais, sensações de há tantos anos que estão vivos em nós como se tivessem acabado de acontecer... E eu nem me tinha apercebido de como sou feliz a recordar certas coisas... Como sou feliz de felicidade pura!!! Como o que aconteceu de mau não interessa minimamente, nem consegue por-me a duvidar se aqueles momentos foram realmente felizes, porque foram perfeitos, foram lindos... foram mágicos!!!

Os concertos, as noites, a lua, o 4ºfrente... Todo o amor e todas as esperanças que viviam em nós... Todas as primeiras vezes especiais e fantásticas que partilhámos e todos os sonhos que acalentávamos e depois se desvaneceram por força das circunstancias...

Há coisas fantásticas, momentos únicos, lembranças que não tem preço...

Comentários

Nuno disse…
Não são os acontecimentos rotineiros que nos marcam, são os momentos especiais e que tu dizes (e muito bem) serem únicos. E por serem únicos, é evidente que não se podem repetir. Podem, quando muito, aproximar-se do original, mas há sempre qualquer coisa diferente que faz, de cada momento, um momento único.

É por isso que, provavelmente, não te lembras do que comeste ontem, mas lembras-te do que comeste no dia 3 de Março, onde comeste e com quem comeste! E porquê? Porque foi um jantar diferente que, às tantas, te proporcionou um momento fantástico e único, digno de ser recordado.

Desejo-te as maiores felicidades. Um beijo grande,
Nuno.

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